Feliz 24 de agosto, Dia do Artista

Por Patricia Braga
24.08.2020

 

O Coletivo Usina dos Atos parabeniza todos os artistas que transformam a realidade das periferias num espaço de troca e conhecimento para os jovens e através dos jovens.

 

A arte está relacionada às formas de expressões humanas, e se faz fundamental para o entendimento e desenvolvimento de cada indivíduo como ser social, filosófico, psicológico, emocional, antropológico, além de estar presente desde os primórdios e os tempos mais remotos da humanidade.

De acordo com a professora Graça Proença, em estudo relacionado à utilidade da arte, “o homem cria objetos não apenas para se servir utilitariamente deles, mas também para expressar seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, para expressar sua visão do momento histórico em que vive. Essas criações constituem as obras de arte e também contam – talvez de forma mais fiel – a história ao longo dos séculos”

Entende-se por artista toda pessoa que dedica sua vida ou parte dela à arte, seja ela de forma escrita, encenada, pintada, fotografada, esculpida ou de qualquer outra forma que deseje expressá-la. Pode ser uma profissão, mas também um modo de vida, um jeito de se expressar no mundo, sozinho ou com e para as pessoas.

O Dia do Artista homenageia todos aqueles que com a sua arte fazem o homem, não somente transcender à realidade, mas muitas vezes se emaranhar nela, e em comemoração a esse dia, o Coletivo Usina dos Atos homenageia todos os profissionais do setor e pessoas relacionadas à essa forma de expressão que é tão essencial para sociedade.

Abaixo compartilhamos alguns depoimentos de artistas das nossas quebradas, que fizeram e fazem parte dessa história em suas variadas formas de fazer arte.

 

Crédito Imagem: pixabay.com

 

Arte é encontro, diálogo e manifestação. É a ponte que interliga dois seres. Atuar dentro da periferia éresistir politicamente todos os dias e criar uma autonomia para se produzir e enxergar para além dos muros estruturais. A invisibilidade é nos dada como ponto de largada. É uma sobrevivência diária, estar alerta, abrir as portas para que se enxergue de dentro pra fora. É escalar os muros, derrubar eles no soco, se for preciso. A periferia hoje é o Brasil completamente invisibilizado, porque parte de uma visão muito marginalizada, pois o próprio Estado aplica políticas de repressão. Nossas produções são um reflexo desse enfrentamento da nossa vivência na cidade. É rebeldia, é não aceitar que nos calem, é (r)existir e se fazer presente.

Por: Dan Claudino - Coletivo Error 404 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Crédito Imagem: pixabay.com

 

A arte é uma expressão de liberdade e transformação, e ser um artista periférico é antes de tudo um ato político de resistência. A arte transforma e utiliza como importante ferramenta o artista periférico, pelo qual é impactado e impacta seu público.

Por Geisson Silva – Cinemateus 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Arte pra mim é poder estar completa. A forma  mais poderosa de expressão, seja na dor ou no  amor. E ser uma representação de esperança  ambulante, uma alternativa as “escolhas”  impostas pela sociedade viva. É assistir todos os  dias a sua pura existência transformar caminhos. 

Por: Bruna Sena - Coletivo (In) Verso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A arte é um meio muito versátil onde eu consigo respirar de diferentes formas e jeitos que também me faz afirmar minha existência e resistência. Ser uma artista periférica é um processo bem difícil, mas não impossível de acreditar que se você tem um propósito mesmo que pequeno e confia na verdade que te permeia de dentro para fora fica mais fácil de atingir suas expectativas através de suas vivências que possibilitará a trilhar um caminho de verdade e justo para todos.

Por Odri Campos - Coletivo Morabeza

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Arte é respiro, espaço de pausa pra gente se encontrar, entender as coisas de uma maneira subjetiva. Ser artista periférico é acreditar que a arte é de todos, e que ocupar esse espaço é necessário para a representatividade periférica.

Por Lorena Pinheiro - Cia Corpos Outros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A arte é, para mim, uma ruptura. Um desmoronamento. Uma rachadura funda e extensa que não pede licença, literalmente vem e atravessa. Uma vez em que a arte fez do meu corpo, templo morada, bagunçou alguns cômodos mas reorganizou outros. É a inconstância de certezas. Ser uma artista periférica é como ser um rio que te afoga e te salva vidas, te transformando em bóia oras âncora. Estar aberta a desmoronamentos e a construir do zero, a ser guiada por um único facho de luz, que em dias irradia você inteira, em outros mal se enxerga. É presente e é fardo.

Por Bê Brandão - Cia Corpos Outros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Crédito Imagem: pixabay.com

 

A arte é como um prisma que o ser humano aprendeu a usar para escapar da sua realidade  e se expressar. É, a partir de suas experiências e vivências, vivenciar a expressão  de suas ideias. Ser um artista periférico é, muitas vezes, como gritar em voz. Embora sua força e vontade esteja ali presente, sua mensagem é mais difícil de ser transmitida, como se o prisma da arte fosse dificultado para chegar até  nós. Ser artista periférico é burlar as dificuldades e conseguir expressar sua realidade que, por muitos, é deixada de lado.

Por Ada Anjos - Cia Fronte


Patricia Braga

Por Patricia Braga

Jornalista e Bacharel em Letras. Possui experiência em produção e revisão de conteúdos jornalísticos e materiais de apoio, tendo passado pelos setores de construção sustentável, crédito imobiliário, comércio e varejo.

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