Uma Vida Chinesa


Recentemente, assisti a alguns filmes chineses que se passavam na época da Revolução Cultural e me dei conta de que não sabia nada sobre a história da China no século XX. Apesar de crescer ouvindo sobre Mao, mas quem era aquele líder? Como aconteceu a Revolução Cultural? Como a China se tornou essa grande potência mundial?

E foi aí que consegui compreender um pouco com a obra "Uma vida chinesa" (Editora WMF Martins Fontes), dividida em três volumes, esse relato autobiográfico, escrito por Li Kunwu, um artista chinês, e com a colaboração do diplomata francês Philippe Ôtié, traz a história do autor desde sua infância na década de 50, logo após a ascensão de Mao ao poder com a criação da República Popular da China, até os dias atuais, passando por diversos momentos, como o Grande Salto, a Grande Fome Chinesa e a Revolução Cultural.

O primeiro volume, "O tempo do pai", trata sobre sua infância, a participação das crianças no movimento político e como a Revolução Cultural afetou sua vida e de sua família. O segundo volume, "O tempo do partido", começa a partir da morte de Mao e como o autor faz para entrar no Partido Comunista, e no terceiro volume, "O tempo do dinheiro", o autor já está na década de 80 e fala sobre a abertura política da China.

O leitor pode ficar perdido em alguns momentos, pois o foco da obra não é dar detalhes e dados da história da China, mas os traços, feitos com nanquim, mostram bem a expressão do povo, o sofrimento, a cidade e o campo, fazendo com que compreendamos como essas mudanças políticas ocorreram, e a que custo, para o povo chinês.

 

Vale a pena a leitura! 

 

por ALICE LABARCA

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